GT Perus

O grupo está elaborando o Inventário Participativo do TICP Perus/Anhanguera/Jaraguá.

O TICP (Território do Interesse da Cultura e da Paisgem) é um instrumento do Plano Diretor que compõe o Sistema Municipal de Patrimônio.

O TICP Jaraguá/Anhanguera/ Perus corresponde a um recorte espacial do município de São Paulo que concentra um grande número de atividades e instituições culturais, assim como elementos materiais e imateriais e paisagens significativas para a memória e identidade da cidade, constituindo, portanto, um território simbólico de importância para a cidade (artigo 314).

Para inventariar esse território tomou-se como recorte espacial três distritos do município de São Paulo: Jaraguá (Subprefeitura de Pirituba), Anhanguera e Perus (subprefeitura de Perus), compreendidos como  aqueles que compõem o perímetro do TICP Jaraguá/Perus, conforme estabelecido pelo artigo 314, parágrafo 3o. do PDE. 

A elaboração desse Inventário está fundamentada na metodologia desenvolvida pelo Iphan constante da publicação Educação Patrimonial: Inventários Participativos/Manual de Aplicação (IPHAN, 2016). 

O inventário participativo é uma ferramenta de ação educativa que pressupõe a autonomia dos sujeitos na identificação, seleção e enunciação do que é patrimônio cultural. Ele opera, assim, uma transformação do olhar, no sentido de superar os objetos mais consagrados pela memória oficial, para colocar em posição central aquilo que se encontra enraizado no cotidiano, na habitualidade e na passagem do tempo. 

O trabalho de identificação partiu inicialmente dos levantamentos realizados   pela Universidade Livre e Colaborativa, projeto coordenado pelo Prof. Dr. Euler Sandeville, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. A Universidade Livre e Colaborativa teve início em 2011, envolvendo o Núcleo de Estudos da Paisagem (NEP) do LABCIDADE (FAU USP), lideranças sociais ligadas ao Movimento pela Reapropriação da Fábrica de Cimento Perus, artistas, professores do bairro de Perus e  grupos como a Comunidade Cultural Quilombaque e o coletivo de educação Coruja. Desenvolveram-se, assim, uma série de atividades experimentais didático-pedagógicas, de enfrentamentos e busca de soluções de questões urbanas e sociais na região. Por meio de oficinas, rodas de conversa, exercícios de deriva no território e debates coletivos foram levantadas e mapeadas uma série de bens representativos da memória e identidade coletiva, os quais foram a base para o início dos trabalhos do Inventário.

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Fotos das Oficinas do Inventário do TICP em 2019 e em 2022 e 2023.